Compostos químicos gerados a partir da madeira no processo produtivo da celulose são capazes de produzir bioenergia e também substituir o uso de matérias primas de origem fóssil
Editado por Flavius Deliberalli
A Klabin, uma das maiores produtoras e exportadoras de embalagens de papel e papéis para embalagem do Brasil, acaba de receber a certificação internacional FSC (Conselho de Manejo florestal, em português), atestando a sustentabilidade da sua lignina Kraft de pínus e do licor preto, produtos das suas florestas de pínus, também certificadas pelo FSC, e utilizadas para fabricação de celulose e papel.
De acordo com a Klabin, é a primeira vez que uma companhia brasileira recebe a certificação de produtos que eram considerados, até então, como subprodutos do processo de fabricação de papel e celulose e que, a partir de agora, poderão ser utilizados para fins mais nobres.
A lignina é um dos maiores componentes da madeira e é extraída durante o processo de produção de celulose, contribuindo para a produção de vapor e energia nas fábricas. É também um composto que demonstra alto potencial de substituição de diversas matérias-primas de origem fóssil nos mais variados segmentos de mercado, como resinas, cosméticos e, até mesmo, fibra de carbono.
Já o licor preto é um subproduto do cozimento da madeira de florestas plantadas. Conhecido como principal combustível de uma planta integrada de celulose e papel, possui em sua composição compostos orgânicos e inorgânicos que geram energia térmica e renovável para a indústria de celulose e papel, capaz de movimentar o processo produtivo nas caldeiras industriais. Dessa forma, sua certificação foi um passo essencial para ter a certificação completa do processo, viabilizando sua utilização em soluções nobres, que vão além da geração de energia.
“O manejo florestal responsável tem grande importância não apenas para o meio ambiente em si, mas também para a economia e o social. Por isso, investir em pesquisa e inovação, como fez a Klabin, é fundamental para maximizar esses benefícios e estimular a conservação”, conta Daniela Vilela, diretora executiva do FSC Brasil.
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Klabin
www.klabin.com.br