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O papel de cada um para um mundo melhor

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Estar alinhado à Agenda 2030 e às práticas ESG é promover o crescimento econômico responsável no dia a dia

 

Por Antonio Jou Inchausti*

 

Crédito imagem Antonio Jou Inchausti: Claudio Veríssimo, Divulgação/Polo Films

Até o dia 8 de abril, esteve em cartaz ao lado da Usina do Gasômetro – um dos pontos emblemáticos de Porto Alegre (RS) –, a exposição urbana “17 ODS Para um Mundo Melhor”. Os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma espécie de inventário de boas intenções elaborado em 2015 por chefes de Estado e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) na Cúpula de Desenvolvimento Sustentável. Surgia ali a chamada Agenda 2030, uma proposta audaciosa que busca a erradicação da pobreza e a promoção do desenvolvimento econômico, social e ambiental em escala global até o ano 2030.

Mesmo que ousada em suas intenções, a Agenda 2030 é um primeiro passo bem-vindo que vai além da responsabilidade de líderes e governantes de países-membros da ONU. O acordo de intenções, que tem 31 de dezembro de 2030 como prazo de cumprimento, mesmo não sendo uma obrigação legal, é uma referência que vem sendo incluída no planejamento de empresas, comunidades e da sociedade em geral. Por isso, uma exposição itinerante como esta dos ODS é tão importante e esclarecedora.

Em relação ao papel das empresas, o então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, lançou em 2000 o Pacto Global. Uma convocação para que companhias de ramos diversos da economia alinhem suas estratégias a dez princípios universais, desenvolvendo ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade. A rede já abrange 160 países e representa atualmente a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo.

O Pacto Global é um instrumento de livre adesão para as empresas, que assumem compromisso de implantar estes princípios em suas atividades cotidianas e prestar contas à sociedade, com publicidade e transparência, dos progressos que estão realizando no processo de implantação das diretrizes. No entanto, mesmo negócios não engajados oficialmente ao pacto devem se ver como protagonistas no desenvolvimento social de seus países, agindo com responsabilidade social e ambiental. E isso porque esta necessidade vem se tornando cada vez mais uma exigência do consumidor.

Pesquisas realizadas aqui e no mundo evidenciam uma tendência clara. A grande maioria das pessoas afirma preferir uma marca cujas práticas são sustentáveis, e parte deste público se mostra disposto a pagar um preço maior por produtos fabricados por empresas com responsabilidade social e ambiental. As demandas em relação à produção e ao consumo sustentáveis estão crescendo e acompanhar a tendência é imperativo para o mercado, que precisa inovar em produtos e processos que se apresentem como solução aos problemas socioambientais. Não há outro caminho.

Convertedores e empresas que usam o plástico como matéria-prima devem estar ainda mais atentos às ações de sustentabilidade, principalmente pelo fato deste material ter sido injustamente vilanizado nos últimos anos por ativistas ambientais bem intencionados, mas desinformados. O plástico é essencial, indispensável e está presente hoje em praticamente todos os setores da economia, contribuindo, inclusive, para a preservação ambiental, por apresentar muitas vantagens se comparado a materiais alternativos.

Mais leve do que vidros e metais, seu transporte consome menos combustível, resultando em menos impacto ambiental. Além disso, processos que produzem os plásticos exigem relativamente pouca energia e são menos poluentes em comparação às indústrias de latas, vidros, cerâmicas e papel. Mas não basta saber disso, é preciso informar o público e deixá-lo ciente da verdade por trás das narrativas. Estamos falando de uma indústria pungente, responsável por milhões de empregos e divisas para o país, que trabalha incansavelmente para minimizar os possíveis danos ambientais causados pelo descarte inadequado de seus produtos.

Para a iniciativa privada, apesar de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estarem interconectados, alguns aspectos se destacam pelas características diretamente voltadas e influenciadoras dos índices qualitativos e quantitativos do setor de bens e serviços. E isso tem a ver com uma outra sigla bem conhecida: as chamadas práticas ESG, abreviatura do inglês para “boas práticas ambientais, sociais e de governança”.

Estas diretrizes que se tornaram o padrão de ouro do mundo dos negócios pressionam empresas de setores diversos a garantir eficiência da jornada de compra e da experiência do cliente com uma marca. O que hoje está diretamente relacionado às boas condutas socioambientais, pois, para os consumidores, não basta a empresa oferecer um bom produto a preço competitivo. Ela precisa se mostrar preocupada com os impactos gerados por sua atividade econômica. Se não, além de correr o risco de ser “cancelada”, pode acabar sendo responsabilizada por uma eventual conduta inapropriada.

No caso de convertedores e empresas que usam a embalagem plástica flexível para acondicionar seus produtos, fatores associados ao descarte e reutilização são uma preocupação crescente entre consumidores interessados por práticas sustentáveis. E, quando se trata de materiais que podem ser reprocessados diversas vezes, o plástico é imbatível por seu grande potencial de reciclagem. Além disso, filmes especiais surgem no mercado, como os da linha b-flex, da Polo Films, que estão alinhados às práticas ESG porque, além de recicláveis, são significativamente biodegradáveis quando descartados em ambiente anaeróbico.

Estar alinhado à Agenda 2030 e às práticas ESG é promover o crescimento econômico responsável no dia a dia, assegurando padrões de produção e de consumo sustentáveis, principalmente em forma de mão de obra especializada, saúde, proteção social e consequentemente oportunidades de trabalho. Ao mesmo tempo ainda em acordo com as mudanças climáticas e a proteção ambiental. É reconhecer, portanto, que o desenvolvimento econômico deve estar atrelado ao desenvolvimento social e ambiental. Este deveria ser o propósito de todos nós pela simples questão da sobrevivência da nossa espécie e do nosso mundo.






**As opiniões expressas em artigos representam somente a opinião de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Conecta Verde e de seus editores.

Conteúdo por:

Antonio Jou Inchausti

*Antonio Jou Inchausti é CEO da Polo Films.

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