Programação do último dia foi dedicada às iniciativas estruturantes
Por Flavius Deliberalli / Colaboração de Elen Nunes / Imagem por Cláudio Roberto
O Fórum ABRE de Sustentabilidade 2022 chegou ao fim. Ao longo de seus três dias, mais de 50 atividades, entre painéis, cases e apresentações, mostraram que toda a cadeia de embalagens pode e deve fazer parte de uma necessária transformação do setor.
“Todos os atores dessa cadeia são importantes, especialmente quem está lá na ponta, que é o consumidor. E vimos aqui que todos têm o interesse comum de trazer o consumidor para dentro desse processo. Todo mundo percebeu que esta não é uma iniciativa individual, é uma iniciativa coletiva. Não precisamos parar de usar embalagens. Precisamos aprender o que fazer com elas, a forma correta de utilizá-las, para onde elas devem ir”, analisou Marcos Barros, presidente do Conselho da ABRE.
Com base no tema central “Iniciativas Estruturantes” a programação do último dia do encontro destacou o papel das startups na construção de pontes entre consumidores e catadores, a atuação das concessionárias de resíduo urbano na construção de eco-parques para aproveitamento total dos resíduos (biogás, recicláveis, compostagem, entre outras), as novas possibilidades para a circularidades e a abertura do mercado financeiro à sustentabilidade.
As primeiras atividades do dia integraram o painel “Empreendedorismo para a Circularidade” e contou com uma grande troca de ideias entre Rodrigo Oliveira, fundador da Green Mining, Rodrigo Jobim, fundador e CEO da Molécoola, e Flávio Salsoni, cofundador da Valora.
Em seguida, o tema “A primeira garrafa PET circular do Brasil” reuniu para o debate Karina Turci, gerente de sustentabilidade da Ambev, João Alves, gerente de sustentabilidade da Valgroup, e Tatiane Anjos, coordenadora de sustentabilidade da Valgroup.
Logo depois, Fabiana Quirolga, diretora da área de reciclagem e economia circular da Braskem, dissertou sobre o tema “Economia Circular: desafios, aprendizados e engajamento do consumidor”.
A interação seguinte reuniu Isabela De Marchi, gerente de sustentabilidade para a América do Sul da SIG; Erich Burger, diretor de desenvolvimento de negócios do Recicleiros; Claudia Pires, CEO e fundadora da So+ma Vantagens, e Cristiani Vieira, gerente de sustentabilidade da Nestlé, para falar sobre os desafios da economia circular e como gerar transformação social e ambiental na gestão de resíduo.
A atividade realizada a seguir teve como tema “Transparência na construção de um Projeto de Créditos de Reciclagem” e foi conduzida por Christian Alonso Króes, gerente de produto e assistência técnica da Papirus.
Já o painel “Iniciativas Estruturantes” teve Fabrício Soler, advogado ambientalista e sócio da Felsberg Advogados Associados, como moderador, e reuniu Ariane Mayer, head de inovação e sustentabilidade da Solví; Marcelo Leal, diretor de beneficiamento de resíduos da Orizon; Paulo Teixeira, diretor superintendente da Abiplast, e Roberto Rocha, presidente da Ancat.
A sequência das atividades se deu com a apresentação de José Bosco, CEO da Terphane, que abordou o tema “A Embalagem Flexível no contexto da jornada ESG”.
Logo depois, Rodrigo Brito, head de sustentabilidade da Coca-Cola; Maristela Siqueira, gerente da cadeia de reciclagem PET da SustentaPet; e Carioca, presidente da Coopercaps, discutiram o case “Parcerias Estratégicas em Iniciativas Estruturantes para fomento em Economia Circular – Case Coca-Cola”.
No painel “Refil e reuso de embalagens como formas de otimizar a cadeia de consumo”, marcaram presença Flávio Ferreira, head regional de desenvolvimento de embalagens da Reckitt Benckiser, e Marcelo Ebert, cofundador da YVY.
O “Case Nestlé” também fez parte da programação deste terceiro dia do encontro e foi apresentado por Cristiani Vieira, gerente de sustentabilidade da marca.
Por sua vez, César Sanches, head de sustentabilidade da B3, fez uma abordagem sobre mecanismos econômicos para fomento de projetos para sustentabilidade.
A Arena do Conhecimento apresentou os cases “eureciclo” e “Polen” através de seus fundadores.
“O fórum deixou uma mensagem muito clara sobre a colaboração de toda a cadeia e fecha mostrando que é possível, que já temos muitas iniciativas em curso e que ainda precisamos ir além”, pontua Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE.
Mais informações:
Fórum ABRE de Sustentabilidade
https://www.abre.org.br/forum-abre-sustentabilidade/