Grupo formado por 119 empresas e 14 entidades divulgou posicionamento oficial a respeito do encontro
Editado por Flavius Deliberalli
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, marcou presença na COP26, Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas realizada de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
Através de sua presidente, Marina Grossi, o grupo se manifestou a respeito do encontro e divulgou um documento com seu posicionamento. “A pressão do setor empresarial, que se posicionou de maneira contundente nesta COP – reunindo em um posicionamento 119 CEOs e 14 instituições do setor privado em torno dos principais pontos da pauta -, junto à expressiva participação da sociedade civil, academia, ambientalistas, indígenas e jovens, produziu resultados positivos. Entre elas, a decisão do governo brasileiro de realinhar suas metas na NDC, assinar acordos importantes e contribuir para as negociações que resultaram em acordo sobre a regulamentação do mercado global de carbono. Agora esses anúncios precisam ser acompanhados de medidas práticas para que tenham credibilidade. Entre elas, o combate ao desmatamento ilegal, a votação da NDC anunciada, a criação de um mercado de carbono regulado doméstico e a implementação do Código Florestal. Para tanto, é necessário um diálogo estruturado com o setor empresarial e com a sociedade para construção conjunta da agenda interna”, analisou.
Ainda segundo a presidente do CEBDS, a regulamentação do mercado global de carbono mostra que o caminho para aumentar ainda mais a ambição climática passa também pela utilização de instrumentos de mercado. “A decisão sinaliza um passo importante para uma retomada econômica verde no Brasil porque cria uma oportunidade para o setor empresarial se engajar no comércio global de emissões rumo à neutralidade climática. O Brasil tem uma posição privilegiada, com um dos maiores potenciais de venda de créditos de carbono no mundo”, pontua.
A presidente do CEBDS pontuou ainda que a regulamentação do mercado global não pode se confundir com o mercado regulado que precisamos criar no Brasil e que a ausência de um mercado regulado doméstico vai gerar prejuízos e perda de competitividade internacional para as empresas brasileiras.
O posicionamento do grupo, assinado por 119 empresas e 14 entidades, pode ser lido aqui.
Mais informações:
COP26
https://ukcop26.org/
CEBDS
https://cebds.org/