Neste novo espaço, nosso convidado especial vai dividir ideias, conceitos e opiniões sobre microplásticos, reciclagem, inovação circular, legislações, hábitos de consumo, marketing verde, transformação digital para a circularidade, embalagens, Metaverso e muito mais
Por Marcos Iorio*
Hoje eu faço minha estreia por aqui, nessa Coluna Verde, com muita alegria. Fiquei muito honrado com o convite, porque várias vontades por aqui se mesclam. Curti muito ter um espaço pra dividir ideias, conceitos e opiniões em temas que tenho respirado. Engato meu vagão no Conecta Verde, que nasceu com essa potência e propósito de trazer visões que colocam sustentabilidade, embalagens e iniciativas circulares a serviço dos que vão fazer a transformação acontecer: nós mesmos.
Perguntei sobre quais assuntos poderia discorrer e os editores me deixaram bem à vontade. Então, comecei a armar mentalmente meu repertório: microplásticos, reciclagem, inovação circular, legislações, hábitos de consumo, marketing verde, transformação digital para a circularidade, embalagens e Metaverso. Já deu pra sentir que não haverá falta de assunto, não é mesmo? Mas pra quem tem me acompanhado nos webinars, congressos e outras interações, todos esses assuntos tem um pano de fundo, que tem sido minha bandeira: a transformação tem que estar fundamentada, acompanhada de dados, andando de mãos dadas com a ciência.
A Economia Circular baseada em Métricas talvez seja o título da minha tese, artigo científico, livro, ou e-book, quem sabe. Mas é na ciência e na confrontação de estudos que tento emitir opiniões. Num mundo onde grande parte das conversas começa com um “Eu acho que…”, aprendi a me policiar quando começo meus pensamentos organizados dessa forma. E minha mente curiosa me leva para a navegação investigativa: o que já se sabe sobre isso? Quantas pessoas estudaram esse assunto? Há consenso sobre essa afirmação? É sobre essa curadoria e conexão de assuntos que gosto e tentarei construir meus textos.
Nessa tentativa de afastar minhas opiniões sobre os “folclores ambientais” (vou usar muito esse termo, preparem-se), me dei conta que não sabemos quase nada sobre 95% das coisas (apesar desse número ser totalmente impreciso). Então, na aurora das descobertas climáticas, das relações de materiais fabricados pelo homem como o plástico e biodiversidade, e todas as relações que um planeta vivo ainda esperam ser descobertas, estudadas e entendidas, aqui estou eu nesta coluna.
Parece muito amplo? É sim. Apesar de ter sido banalizado, o termo “embalagem sustentável”, eu mesmo, anos depois de envolvido nas discussões, não me atrevo a dizer qual delas é. Me atrevo, com mais facilidade, a dizer qual não é, e porquê. A embalagem é um dos símbolos de como consumimos, como nos comunicamos, que cadeias logísticas desenhamos, como transacionamos produtos, e como planejamos (ou não) descartar o resultado de nosso consumo. Ela diz sobre como vivemos e como interagimos. Então, não poderia definir um recorte mais cultural que a embalagem e a sustentabilidade, e tentar discorrer sobre a economia circular a partir dela.
Então, apertem os cintos, porque eu pretendo decolar. Mais que um “aprecie a viagem”, preparem-se para a turbulência. Espero que os leitores se sintam incomodados com os dados e que esse incômodo nos faça sair do automático para o que eu julgo essencial em um mundo onde tudo parece exponencial: precisamos REDESENHAR TUDO. Será especial saber o que você pensa sobre cada um dos assuntos, para construirmos esse meme cultural acerca dos temas que citei. Vamos juntos? Bora Circular!!!