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As novidades da Drupa em relação às embalagens sustentáveis

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Feira é a maior do mundo na indústria gráfica e acontece a cada quatro anos

Por Ricardo Marques Sastre*

Entre os dias 28 de maio e 7 de junho de 2024 ocorreu em Dusseldorf, na Alemanha, a principal feira mundial da indústria gráfica, a Drupa.

Tive a oportunidade de fazer a cobertura da feira. Em cinco dias percorri 17 pavilhões, somando 140 mil metros quadrados, comportando mais de 1.600 expositores.

O segmento de embalagens representa aproximadamente 50% do faturamento do setor gráfico no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).

Muitas gráficas se especializaram em embalagens e/ou as oferecem em seu portfólio de produtos e serviços. Atualmente é possível imprimir embalagens em todos os processos de impressão, as máquinas de offset concorrem com flexográficas, rotográficas e serigráficas. A impressão digital está cada vez mais forte devido ao aumento significativo de qualidade, além de apresentar novos recursos, como vernizes e relevo e sem a utilização de matrizes.

A redução em um sentido mais amplo é um caminho tangível para quantificar e medir a eficácia das ações envolvendo a minimização do impacto ambiental. De maneira geral, as ações relacionadas ao tema da sustentabilidade estão voltadas para as melhorias em processos e acertos de máquina, economizando recursos e materiais; no gerenciamento de resíduos; na produção da economia circular e na substituição e desenvolvimento de novos materiais. Grandes indústrias buscam educar seus clientes através de ações para otimização de processos e economia de modo geral. Dessa forma, as novas tecnologias são importantes neste sentido.

A substituição e eliminação de materiais de origens fósseis foram amplamente explorados na feira. Encontra-se facilmente, máquinas para fabricação de copos, canudos, potes e embalagens de papel de todos os tipos e formatos. Existem soluções para embalagens flexíveis produzidas em monomaterial e com barreiras eficazes para cada segmento de mercado. As fábricas de papel apresentam opções para absorver uma parte do mercado tradicional de embalagens plásticas, inclusive recursos para manter a transparência de janelas que facilitam a visualização do produto. Um palco exclusivo apresentou uma agenda de palestras sobre sustentabilidade durante todos os dias da feira, abordando desafios, soluções e visões da indústria gráfica de forma geral. Ao lado do palco, foi montado um espaço com exposições de empresas, universidades e startups, evidenciando soluções implantadas no mercado para a redução de impacto ambiental, desde a proposição de geração de energia limpa, até o reaproveitamento de resíduos.

Ainda que as soluções sustentáveis para a produção de embalagens tenham se destacado na maioria dos stands, também foram apresentados acabamentos e revestimentos cheios de brilhos e materiais difíceis de reciclar, como glitter, metalizados, vernizes e tintas fosforescentes.

O tema está em pauta na maioria das empresas e de alguma forma o mercado apresenta avanços para a redução de impacto ambiental, seja através da redução de acertos de máquina, da otimização de processos de produção, da concepção de embalagens em materiais alternativos ou ainda da substituição e/ou eliminação de acabamentos e acessórios.

Devido à sua representatividade no mercado global, as embalagens são significativamente responsáveis pela geração de resíduos, e quando não destinadas corretamente, acabam sendo descartadas no meio ambiente. Ficou evidente que através de diferentes caminhos, as empresas estão buscando soluções para a redução de impacto ambiental, a partir da sua diversidade de produtos e serviços. Quanto maior a empresa, maior a sua responsabilidade.

**As opiniões expressas e os dados apresentados em artigos são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, o posicionamento dos editores do Conecta Verde.

Conteúdo por:

Ricardo Marques Sastre*

*Publicitário; especialista em expressão gráfica e gestão empresarial; mestre em design; doutor em engenharia de produção e pós-doutor em design sustentável; pesquisador; consultor; escritor; professor universitário; diretor na Mudrá Design e soma 27 anos de experiência no mercado de embalagens.

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